Startup de jogos Wildlife é avaliada em US$ 1,3 bi e se torna 11º unicórnio brasileiro; veja lista
Desenvolvedora de games entrou para rol de empresas avaliadas em US$ 1 bilhão após receber aporte de US$ 60 milhões em rodada de investimentos liderada pelo fundo Benchmark Capital.
Depois de receber US$ 60 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo fundo norte-americano Benchmark Capital, a startup brasileira Wildlife Studios entrou para o rol de “unicórnios” do país.
São chamadas de unicórnios as empresas que atingem US$ 1 bilhão em valor de mercado antes de abrirem seu capital, ou seja, sem vender ações em bolsa. A desenvolvedora de games para celular anunciou nesta quinta-feira (5) que está agora avaliada em US$ 1,3 bilhão.
A Wildlife é o 11º unicórnio brasileiro, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Diante das mais de 300 startups bilionárias existentes no mundo, o número de unicórnios do país ainda é pequeno, mas o mercado está amadurecendo, de acordo com a entidade.
“Se olharmos com mais profundidade para a maturidade do mercado, percebemos que, desses onze, cinco deles chegaram a essa patamar este ano, o que significa uma evolução e uma maturidade do mercado nacional, ao ponto de as empresas receberem esse tipo de aporte global”, diz Tânia Gomes, vice-presidente da Abstartups.
Para ela, atingir a marca de ser avaliada em US$ 1 bilhão indica que o negócio tem capacidade para crescer.
Veja a lista de unicórnios brasileiros e os setores em que elas atuam, segundo a Abstartups:
- PagSeguro (Serviços Financeiros)
- 99 (Mobilidade urbana)
- Stone Pagamentos (Serviços Financeiros)
- Ebanx (Serviços financeiros)
- Arco Educação (Tecnologia para educação)
- Quinto Andar (Imobiliário)
- Nubank (Serviços financeiros)
- Loggi (Logística e mobilidade urbana)
- iFood (Entrega de comida)
- Gympass (Saúde)
- Wildlife Studios (Games)
Fundada em 2011, a Wildlife desenvolve games do estilo casual, que não têm histórias complexas e podem ser jogados a qualquer momento. A empresa já lançou mais de 70 deles. O modelo de negócios é baseado na venda de itens dentro desses jogos, que podem ser baixados de graça, conhecidos como “freemium”.
Antes da última rodada de investimentos, a startup tinha como sócios os irmãos Victor e Arthur Lazarte (seus fundadores), 100 funcionários (por meio de um plano de incentivo de participação em ações) e o fundo americano Bessemer Venture Partners.
Agora, tem 500 funcionários e pretende chegar a 800 em 2020. Até o fim do ano, a expectativa é atingir a marca de 2 bilhões de downloads em dispositivos Android e iPhones. A companhia tem escritórios em Buenos Aires, Dublin, São Paulo, São Francisco, Orange County e Palo Alto.
Na última rodada de investimentos, além do fundo Benchmark, participaram outros cinco investidores: Javier Olivan, executivo do Facebook; Ric Elias, co-fundador e presidente da Red Ventures, Micky Malka, sócio da Ribbit Capital; Divesh Makan, sócio do ICONIQ Capital; e Hugo Barra, vice-presidente de realidade virtual do Facebook.
Fonte: G1
Foto: Divulgação